TARDES

TARDE, TRISTE TARDE DA RECORDAÇÃO,

QUE CANSADO, APÓS O FUTEBOL,

NA IGREJA DO BAIRRO, UMA CANÇÃO,

PARA O ÚLTIMO RAIO DE SOL.

FOI A ÚLTIMA VEZ QUE VÍ ASSUNÇAO,

E FOI UMA DESPEDIDA SEM ADEUS,

TRISTE LEMBRANÇA, PARA MEU CORAÇÃO,

NUNCA MAIS VÍ OS OLHOS SEUS.

QUANDO LA VOLTEI, NUM OUTRO VERÃO,

TINHA IDO EMBORA, PARA LONGE DALÍ,

SAUDADE DA TARDE, TRISTE SENSAÇÃO,

PRIMEIRA NAMORADA, NUNCA A ESQUECÍ.

DIA DE FESTA, PROCUREI NA MULTIDÃO,

COM ESPERANÇA DE ENCONTRAR ALGUÉM,

MINHA SAUDADE SE PERDEU NA ESCURIDÃO,

ONDE MEUS OLHOS, NÃO VIAM MAIS NINGUEM.

CHOREI...OUVINDO NOVAMENTE A CANÇÃO,

AO RECORDAR A NAMORADA TÃO BELA,

FOI COMO SE ME ATIRASSEM NA IMENSIDÃO...

PARA ME AFOGAR NA SAUDADE DELA.

NO MESMO ANO, MUDEI DA REGIÃO,

O TEMPO PASSOU, NUNCA MAIS ESTIVE LÁ,

TALVEZ, TENTANDO ESQUECER A ILUSÃO,

POR ELA MORAR TÃO LONGE, NO PARANÁ.

FAZ TANTO TEMPO, QUASE UMA GERAÇÃO,

E DAQUELA TARDE, QUE O FIM ACONTECEU,

O MEU ÚLTIMO ENCONTRO COM ASSUNÇÃO,

LEMBRANÇA, QUE NO TEMPO NÃO SE PERDEU...

GIL DE OLIVE
Enviado por GIL DE OLIVE em 31/03/2007
Reeditado em 18/03/2008
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