APENAS UM ESPINHO
Minha mãe era uma Rosa
E tinha a meiguice da flor.
Nasci na sua roseira,
Em plena estação do amor.
Sou apenas um espinho,
Nasci para lhe dar proteção.
Nasceu nessa mesma roseira,
Uma outra flor em botão...
Que no frescor da juventude,
Se tornou flor, ficou adulta
Inteligente, sensível e culta.
Igualzinho às flores da vida,
Minha irmã é uma flor.
Delicada, meiga e divertida
Que sempre transpira amor.
Sou apenas um espinho
De um galho de uma roseira
Que viveu a vida inteira,
Protegendo a sua flor...
Sendo seu natural protetor,
Cuidando da Rosa querida.
Uma flor que passou pela vida,
Com zêlo, dedicação e amor.
* Dedicado à minha mãe, Rosa Nóbrega de Azeredo, uma flor que passou pela vida, que, semeando sentimentos, nos caminhos desta vida, acabou deixando o seu perfume, e, naturalmente, saudades. Faleceu no Rio de Janeiro em 1992.
PS- Agradeço ao visitante, a prestimosa atenção, e também, a paciência de ler estes versos simples escritos com forte emoção.