Cheiro de saudade
Observando cada canto daquele pequeno lugar...
Tudo me chamava a atenção, e eu via vida em cada máquina, em cada objeto.
O cheiro daquele pequeno espaço entrava pelas entranhas da respiração, e eu sentia uma leveza sem igual.
E naquele banco eu sentia que tudo aquilo não era novo para mim...
Eu pertencia aquele espaço também... não sei como, mas pertencia. Nas noites
eu sempre visitava aquele espaço e sentava naquele banquinho... Eu adorava tudo aquilo. Era arte, era sobrevivência, era força, era cheiro, era gestos, era o olhar, era parte de mim. A parte que eu não conhecia.
Lucinda Frota Alves