Saudade canta...

saudade que canta,

encanta, desencanta,

quebrando no pranto;

dilacera, acelera,

dores que sinto

antiga e moderna;

saudade que brota,

desbota e comporta,

noite de lua

abrindo as portas

nas linhas e entrelinhas

esperando a fada madrinha;

saudade que chora,

lembranças de outrora

tão vivas infindas

juntando as de agora

nuances de frio e calor,

saudade de amor.

Marisa de Medeiros