Saudade da casa de vidro

Saudades de casa, da casa vidro, da noite de hortelã, saudades do vazio despejado no cinza, no doce da noite, das palavras com gosto de maçãs, do pé de gente que de maduros caíram no chão da vida...

Saudades do horizonte, das folhas secas, dos sussurros envernizados, gritantes, meigos, com sabor de pecado, com gosto de verdade, da boca, cheia de dentes escancarados, do sorriso amargo, do cheiro alucinógeno que minha terra tem...

Saudades dos bobos, dos loucos, dos mortos de tesão, pela vida, pelas curvas que a boemia tem...

Tiago Angélico
Enviado por Tiago Angélico em 15/05/2013
Reeditado em 22/06/2016
Código do texto: T4291976
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