NOITE INFINITA


Já ficou bem longe, foi na minha mocidade,
quando passei, inúmeras noites na boemia,
hoje aqui sozinho, cavalgando numa saudade
lembrando tempos, que só restaram a poesia.

Pedindo, que minha noite fosse infinita,
não querendo me separar de um violão,
são belas lembranças, de um só eremita,
do ex boêmio, mergulhado em recordação.

Um amor, nessas noites, foi encontrado,
mas nunca, fui por ela correspondido,
é essa, a mancha escura do meu passado,
que trás me prisioneiro,no mundo perdido.

A natureza negou me tudo, até essa sorte,
castigou me, lançando a tremenda solidão,
deixei de viver,fiquei desejando a morte,
isolado aqui, bem distante da civilização.

Dessa armadilha, jamais pude escapar,
ainda lutando, mas a saudade, nunca vencí,
eterna companhia, está sempre a me visitar,
não sabe, que a tempos, por dentro já morrí.



GIL DE OLIVE
Enviado por GIL DE OLIVE em 11/05/2013
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