TRISTE
Sou triste feito a lua
Vagando pelo céu
Minh’alma chora nua
Meus versos no papel...
Escrevo tão dolente
Em rimas da saudade
D’um tempo já ausente;
Que foi na eternidade...
Nos préstitos das dores
Que vagam nesses dias
As almas dos amores
Não cantam as alegrias...
As lágrimas de orvalhos
Desnudam-se sozinhas
Meu corpo está em frangalhos
Minh’alma, ó pobrezinha!
Assim a madrugada
Alteia e baixa o lume
A lágrima orvalhada
Parece um vagalume...
Estrelas cintilantes
No arco celestino
São lágrimas errantes
Do meu pesar tão fino...
Arão filho
São Luís-Ma, 09/05/2013