A DOR DA SAUDADE
Num oceano imenso de distantes e dolorosas lembranças
A dor da saudade me fustiga como chuva torrencial
Inundando minha alma dolorida de vãs esperanças
Despedaçando o coração contra o agreste vendaval.
O pensamento vai carregando nuvens negras
Cobrindo a terra e o céu, de passageira ilusão
Destruindo uma réstia de luz de encontro às pedras
Afundando barcos de amor que derivam na solidão.
A dor da saudade entrega a vítima à própria sorte
Deixa que se afunde na lava dum extinto vulcão
Embarga os olhos para que perca o seu norte
Fustiga agressiva como chuva gelada em pleno verão.
Dói-me a saudade... dói-me o desespero... dói-me a vida...
Dói-me a angústia dos momentos que não pude viver...
Minha boca grita o silêncio duma alma dolorida
Meus olhos pingam lágrimas de sangue... de tanto sofrer.
By@
Anna D’Castro