MARCAS
Rosto outonal
Nenhum sinal da juventude
Beleza desfolhada
No chão se espalha
E se perde...
Como pude fazer isso comigo?
Rugas, marcas da vida
Vida marcada, pancada, desilusão
Tudo isso deixa marcas na face
No coração
E quando você vê já é tarde
Tempo implacável...impiedoso
Inexorável existir
Pra que alarde, pra que desespero
Onde está a alegria de outrora?
A beleza da aurora?
Na face pêssego iluminada
Tímida, não queria se mostrar
Mas não adiantava
Assim mesmo era notada.
Era bela aquela menina
Que tinha sonhos e brincava
Cresceu acreditando que tudo seria igual
Quanto engano!!!
O tempo passou...muita coisa mudou
Ela não viu
Agora vê no espelho
Sua verdadeira face
Na interface do eu
Que agora ela conhece muito bem
(Vera Helena)
Vitória/ES – Em 04/05/2013 -