Clausura
CLAUSURA
Guida Linhares
Na doce ilusão a persistir
minha alma se enlaça
em suave e pleno consentir
do amor que há na taça
Porém a noite se esvai toda nua
de tristeza e sutil ferimento
vestes minh´alma que é tua
desfazes assim o sofrimento
Na angústia do querer compartilhar
do instante da ternura desejada
estarei longe, sem te afagar
Na penunbra da atróz amargura
de não poder assim te ver e amar
reabro os portões da minha clausura
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