Na Visão do Homem.
Na Visão Do Homem.
Restos de tocos mortos
Espalhados pela vastidão,
De um eco sistema morto
Que não tem mais salvação.
Tratores, grandes correntes
Devastam o que restou,
Arrastam restos da terra
Do que aqui não se plantou.
Pau-d’arco, Jacarandá
Perobas e Pau-brasil,
Os restos de um Jatobá
Que a muito tempo caiu.
Caiu não, foi derrubado
Levou na queda um Ipê,
E uma velha Sucupira
Que meu avô viu crescer.
Meus olhos já não enxergam
A florada dos Ipês,
Mas vejo a cana-de-açúcar
De vistas a se perder.
As nascentes dos riachos
A bica lá no grotão,
A roda d’água parada
Com a seca do Riachão.
Fauna e flora destruídas
Em troca do vil metal,
Focos de fogo, terra nua
A combinação é fatal.
E o homem vem atrás
Plantando cana.................