Na Visão do Homem.

Na Visão Do Homem.

Restos de tocos mortos

Espalhados pela vastidão,

De um eco sistema morto

Que não tem mais salvação.

Tratores, grandes correntes

Devastam o que restou,

Arrastam restos da terra

Do que aqui não se plantou.

Pau-d’arco, Jacarandá

Perobas e Pau-brasil,

Os restos de um Jatobá

Que a muito tempo caiu.

Caiu não, foi derrubado

Levou na queda um Ipê,

E uma velha Sucupira

Que meu avô viu crescer.

Meus olhos já não enxergam

A florada dos Ipês,

Mas vejo a cana-de-açúcar

De vistas a se perder.

As nascentes dos riachos

A bica lá no grotão,

A roda d’água parada

Com a seca do Riachão.

Fauna e flora destruídas

Em troca do vil metal,

Focos de fogo, terra nua

A combinação é fatal.

E o homem vem atrás

Plantando cana.................

Guel Brasil
Enviado por Guel Brasil em 21/04/2013
Código do texto: T4252377
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