GONDOLEIRO DA SAUDADE
GONDOLEIRO DA SAUDADE
Sons de cascatas que lhe banham saudades,
Canção de longe nas danças dos poalhos...
Resvalam remos em correntezas argênteas,
Cantilenas ribeirinhas, núcegos cascalhos.
Singrando águas em lépidas remadas,
Sobre a canoa que deslizando serena...
O rio Pardinho marulha em alvoradas,
Barqueiro navega na canoa pequena.
Sobranceam as águas frondes viçosas...
Fluvial avenida de recurvos barrancos,
Curveja a canoa levando boas novas
Para os viventes em solavancos.
É o gondoleiro trazendo e levando
Missivas amorosas de gente distante,
Esse cavalheiro tressuando esforços,
No prélio da vida de um navegante.
do livro poeira e flor vol II