O MAR

Tu lembravas-me o mar.
Em alturas em que discutiamos, revolta, bramindo, recordavas-me as ondas rebentando na areia. Mas também tinhas alturas de mar chão, tranquilo.
Quando acariciava a tua pele macia, sentia o odor dos mares tropicais, cálidos e suaves.
Quando te abraçava, sentia o mesmo arrepio que quando entrava na água e ele me chegava ao coração, invasivo e ao mesmo tempo desejável.
Quando te beijava, eras salgada como água do mar.
Motivavas-me saudades quando não te via, tal como o mar.
Que alegria quando te ouvia ao longe, tal como me sentia quando me aproximava do mar.
Porque eras tão parecida com o mar?
A resposta é simples: tu para mim representavas o mar.
E tenho tantas saudades tuas!

FERREIRA ESTÊVÃO - Reedição





Recebi da poetisa Maria Ventania esta inspirada interação, a qual me agradou muitíssimo.
Visitem a sua escrivaninha.

 
Do mar bravio da alma
tormentos sem fim carreguei
ocaso perdido e poente
o sol que em mim apaguei
com fúria de mil demônios
transida de medo e dor
agora durmo no fundo
E sonho com meu amor
mágoas não mais vou causar
Leviatã que fui,sem querer
só peço mesmo abraço.