Meu barco da Saudade
No meu barco da saudade
Um pouco de mim
Ali tem em tudo...
Que me faz lembrar ou esquecer
Minhas vivências já passadas
Ou apenas só pensadas
E muitas nem lembradas
Esse barco é pequenino
Apenas eu posso entrar nele
Mas quando resolvo entrar
Tenho que me transmutar
Para poder caber lá
Entro lá disfarçada em lagarta
Que depois se enclausura
Pra refletir ou chorar dores e alegrias
Entre poemas mudos
Pensamentos tontos!
Livros gerados que não nasceram
Agendas rabiscadas e perdidas
Lágrimas cristalizadas
Flores perfumadas e alegres
E outras despetaladas
Mortas ou a morrerem
Todo dia e todo instante
No meu barco da saudade
Tem toda a minha vida
Em retalhos costurados
E também arrebentados
Junto com todas as caras
Do meu eu que me faz ser
O que o tempo tatuou
E depois de um certo tempo
Crio um pouco de coragem
Arrebento meu casulo
E deixo de ser lagarta
Pra ser uma borboleta
Que agora sente e voa!
Olha de cima! Já é livre...
E assim se achando
Toca de leve em todas as suas caras
Sente as saudades doloridas
Mas sempre perfumadas
Não olha mais para traz!
Sai bem de mansinho
Deixando ali seu barquinho
E morre mais uma vez...
***
Maria de Fátima Alves de Carvalho
Poetisa da Caatinga Potiguar
Natal,19.04.2013
Um pouco de mim
Ali tem em tudo...
Que me faz lembrar ou esquecer
Minhas vivências já passadas
Ou apenas só pensadas
E muitas nem lembradas
Esse barco é pequenino
Apenas eu posso entrar nele
Mas quando resolvo entrar
Tenho que me transmutar
Para poder caber lá
Entro lá disfarçada em lagarta
Que depois se enclausura
Pra refletir ou chorar dores e alegrias
Entre poemas mudos
Pensamentos tontos!
Livros gerados que não nasceram
Agendas rabiscadas e perdidas
Lágrimas cristalizadas
Flores perfumadas e alegres
E outras despetaladas
Mortas ou a morrerem
Todo dia e todo instante
No meu barco da saudade
Tem toda a minha vida
Em retalhos costurados
E também arrebentados
Junto com todas as caras
Do meu eu que me faz ser
O que o tempo tatuou
E depois de um certo tempo
Crio um pouco de coragem
Arrebento meu casulo
E deixo de ser lagarta
Pra ser uma borboleta
Que agora sente e voa!
Olha de cima! Já é livre...
E assim se achando
Toca de leve em todas as suas caras
Sente as saudades doloridas
Mas sempre perfumadas
Não olha mais para traz!
Sai bem de mansinho
Deixando ali seu barquinho
E morre mais uma vez...
***
Maria de Fátima Alves de Carvalho
Poetisa da Caatinga Potiguar
Natal,19.04.2013