SAUDADE

De pequena, guardo

A voz doce e suave de minha mãe

A cantarolar

Cantigas de ninar.

De seus olhos meigos,

Que me faziam acreditar,

Que qualquer que fosse a dor,

Ela ia passar.

Do colo materno,

Do cachear dos meus cabelos,

Do seu silêncio ao me ouvir contar,

Os planos que ainda estavam no ar.

Do bolo perfumado,

Da roupa engomada,

Da vida acertada,

Da feliz caminhada.

Saudade,

Da mãe querida,

Que na partida

Foi descansar.

Beth Rangel
Enviado por Beth Rangel em 16/04/2013
Reeditado em 19/04/2013
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