Ondas
Devagar as ondas iam
Como os cabelos de Ismália
Sombras sombrias verdejantes
de uma loucura insaciável.
Cada andar em um instante
Se tornava mais apalpável
De um brilho errante
Ofuscante, vivo.
Já não olhava mais assim
Como se fossem diamantes
Eram fúnebres, escuros
De um muro da morte.
Seu corpo caído ao mar
As ondas vinham e iam
Levavam para longe
aquele anjo que ainda amo.