Luz de outono
A folha amarelecendo perante o vento.
A tarde esfriando lentamente.
O sol brilhante da manhã se tornando opaco.
As nuvens fugidias em lilás, com o sangue
da tarde escorrendo pelo horizonte.
Promessa velada de chuva.
Gotas mágicas pesam sobre a velha folhagem.
Que não resiste.
E colore o chão de amarelo e laranja.
Num mosaico intrincado do tempo.
Num bálsamo de cores e cheiros.
As frutas amadurecem
em plena tarde.
Essa luz. Mezza luce.
Ilumina e escurece
mantendo o mistério
da descoberta,
da caminhada,
dos ventos que em concílio
que conspiram tempestades.
Que lavam tudo.
Pensamentos, sentimentos e
corpos perdidos e
em desalinho.
Almas rasgadas por
desafeto ou vaidade.
O outono paga os pecados do verão.
E nos capacita para o inverno.
Luz reflexiva.
Mente convexa.
E as palavras caem no colo
da noite com as folhas de outono.
Caem feito flechas na semântica diária
das estações.
A folha amarelecendo perante o vento.
A tarde esfriando lentamente.
O sol brilhante da manhã se tornando opaco.
As nuvens fugidias em lilás, com o sangue
da tarde escorrendo pelo horizonte.
Promessa velada de chuva.
Gotas mágicas pesam sobre a velha folhagem.
Que não resiste.
E colore o chão de amarelo e laranja.
Num mosaico intrincado do tempo.
Num bálsamo de cores e cheiros.
As frutas amadurecem
em plena tarde.
Essa luz. Mezza luce.
Ilumina e escurece
mantendo o mistério
da descoberta,
da caminhada,
dos ventos que em concílio
que conspiram tempestades.
Que lavam tudo.
Pensamentos, sentimentos e
corpos perdidos e
em desalinho.
Almas rasgadas por
desafeto ou vaidade.
O outono paga os pecados do verão.
E nos capacita para o inverno.
Luz reflexiva.
Mente convexa.
E as palavras caem no colo
da noite com as folhas de outono.
Caem feito flechas na semântica diária
das estações.