Um Domingo de Páscoa

Longe de casa, 31 de março de 2013

Escuto ainda os ecos dos tempos passados

Nos corredores fetais que me trazem as saudades

Dos olhos maternos...

Instantes saudosos eternos.

Eu vejo o tempo dissimulando o vento!

Pobre vento!

Ele que me diz coisas secretas,

Angústias dos poetas

Sem pensamento.

Eu sinto o calor do sol nas minhas mãos

E sinto o filho que há em mim

Sentir falta do pai...

A lágrima cai.

Eu vejo os pássaros nas nuvens leves -

Voos heroicos muito breves -

Mas herói só meu pai...

Eu vejo

Toda a perfeita imperfeição das coisas

E os brilhos,

E os encantos,

E as vozes...

Tudo que é louvor, enfim,

Bate nas fibras do coração

E traz saudade de uma princesa -

Princesinha dos sonhos deste poeta...

Longe dos que amo - na distância...

Ao lado dos que amo - nas lembranças...

Longe dos que amo - no presente...

Ao lado dos que amo - em um futuro sonhado...

E o Domingo vai resplandecendo

A sua serena juventude

E a sua solene calmaria...

Ainda mais belo

Por ser um Domingo de Páscoa

E me parece mais saudoso

Por ser

Um Domingo de Páscoa.

O que tu dizes, papel,

Deste Domingo?...

Sim... Sim...

Este poeta também acha

Que não é

Um Domingo qualquer...

31/03/2013

Innocencio do Nascimento e Silva Neto
Enviado por Innocencio do Nascimento e Silva Neto em 31/03/2013
Código do texto: T4216661
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