Saudade
Mas que saudade é essa?
Que permanece sem ser bem-vinda?
Que me aperta e me sufoca
e torna minha vida ainda mais sofrida?
Saudade maldita
que o coração aperta
que a lembrança retorna
e a melancolia desperta
Que a cada memória relembrada
Te faz se apaixonar novamente
E se remoer pelo término
do que acreditou durar eternamente
Saudade da vida, de uma lembrança
Daquilo que foi ou que poderia ter sido
Saudade do tempo, da época perdida
ou de tudo o que poderia ter se aprendido
Saudade maldita que te incomoda
não te deixa sequer olhar para frente
que maltrata, que te segura, te cega
e não te deixa aproveitar o presente
Saber que pode ser tudo mentira
uma peça bem bolada da mente
Mas ainda assim insistir no erro
e não querer ver nada além da gente
E por fim aprender que a vida é assim
Continuar vivendo e se acostumar
que por mais que você acredite em algo
no fim das contas, ele há de acabar
Mas será que isso é mesmo verdade?
Será que nada realmente tem jeito?
Será que analisando os erros do passado
Não é possível recomeçar algo perfeito?