NO SILÊNCIO DESTE AMANHECER

Abro meus olhos.

O ambiente é tão familiar.

Tudo me diz aconchego.

Meu ninho.

Tanto carinho.

Meu antigo lar.

Desdobro as mangas do tempo.

Firmo o pensamento.

O melhor de mim.

Um caminho arborizado.

Um canto de meu passado.

Um sorriso.

Uma frase.

Ouço a voz de uma menina.

Ela diz: Pai! Pai!

Ela corre e abraça as pernas de

um homem.

Ergue o olhar.

É tanta doçura.

Tanta ternura.

Naquele sorriso que se eternizou na memória ficou.

A menina soube naquele instante que o eterno existe.

Que houve outros tempos e que haveria outros.

Outros caminhos... outros dias...

E reencontros dentro do infinito.

SONIA DELSIN
Enviado por SONIA DELSIN em 22/03/2013
Código do texto: T4201831
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