Breu das horas
Caminhando na praia
Afundo o pé na areia branca!
Assim é mais um fim de tarde no qual o vento me reparte
Saio de mim estou desabitado!
Com estes mesmos óculos expectadores...
Que nas tardes de solidão humana
Versejam o mormaço.
Filmo devagar o verde-mar
As ondas que morrem na areia.
A música que vem de longe esta em tudo que penso
Palavras pálidas tecem a harmonia das vagas!
Volto pra casa quando já é noite
Que o poeta só pode dizer que têm a beleza do poente
Versos, pássaros que migraram
E tudo que permanece como saudade.
À noite a luz dos cabarés atrofiam minhas íris!...
Jacarés se abrigam debaixo das mesas
O gelo se abriga no copo!
Um Bourbon sobre a mesa.
Velhos long-plays me fazem companhia girando na vitrola
E todas as distâncias que me cercam me isolam...
Como a luz das estrelas no breu azul.