DESENHADO NO LUAR...
Não sei porquê
deixei aberta a janela
apenas corri a tela
talvez por me sentir apertado
no ar que parece pesado
e por confiar no calor ameno, lá fora
que a noite não mandou embora
meia volta
algo me exalta
e acordo
mas que absurdo
corre uma brisa insistente
que me destapa suavemente
e teima em percorrer a minha pele
parece mel
parece engodo
toca-me todo
que sensação
intromissão
sinto em portento uma ânsia
prenúncio de outra instância
que da demanda
me exige à varanda
a olhar o céu
e nele vejo
um beijo
teu
desenhado no luar
e a acompanhar
dizendo ao seu redor
volta, meu Amor!
2013-03-13
Interacção com a poetisa Ynu no poema “Dedos Velozes”
http://www.ynu.prosaeverso.net/visualizar.php?idt=4163747