CADEIRA VAZIA

O luar faz companhia

Ao ancião que na cadeira macia

Cochila debruçado nos seus sonhos...

A cadeira ao lado já vazia

Trono perpétuo de quem foi sua poesia

É sombra dos seus dias hoje tristonhos.

Às vezes rói suas lembranças como um rato

De saudade se enche, choroso, fica farto

Agasalha-lhe o peito, o seu amor...

Mas, se ergue a mão trêmula para um afago

No assento livre, de presença ali vago

Não pode acariciar a própria dor!

Tina Oliver
Enviado por Tina Oliver em 01/03/2013
Código do texto: T4165498
Classificação de conteúdo: seguro