SERÁ MORTE?

A janela se abriu e o susto se foi,

a constatação imediata do previsível se assume.

A porta bateu deixando de fora o novo

o verossímil o inevitável momento de alegria.

Nas cadeiras somente o balançar lento

da imagem de quem ali se sentou.

Os tapetes sumiram embaixo de poeiras

onde não há mais rastos.

As mesas de canto de castigo

sem o peso das rosas que perfumavam a saudade.

Nem ela a saudade quis ficar...

deu adeus sem balançar as mãos

balançou a cabeça acenando um não.

A incompreensão virou dono da dor

e se voltou contra a mão que afaga.

Lúcio Ernesto Caixeta
Enviado por Lúcio Ernesto Caixeta em 27/02/2013
Reeditado em 27/02/2013
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