SERÁ MORTE?
A janela se abriu e o susto se foi,
a constatação imediata do previsível se assume.
A porta bateu deixando de fora o novo
o verossímil o inevitável momento de alegria.
Nas cadeiras somente o balançar lento
da imagem de quem ali se sentou.
Os tapetes sumiram embaixo de poeiras
onde não há mais rastos.
As mesas de canto de castigo
sem o peso das rosas que perfumavam a saudade.
Nem ela a saudade quis ficar...
deu adeus sem balançar as mãos
balançou a cabeça acenando um não.
A incompreensão virou dono da dor
e se voltou contra a mão que afaga.