Incontroláveis lembranças
As muitas saudades te mandam abraços
Milhões de lembranças te trazem assim
Independentes de alguma vontade
De decisões, racionalizações...
Uma ternura flutua suave
Como um cheiro, uma nuvem ao longe, uma ave...
Texturas e curvas entremeiam meus focos
Intermitentes pulsares instáveis
Que se insinuam em frações de segundo
E quando me julgo imune
Num arroubo, num ímpeto...
Uma luz desgarrada retorna pra mim
Luta perdida essa das coerências
Onde vencer é forjar esquecer
Orar ao triunfo do que não se conhece
Como uma aventura que a gente quer ter
Sabendo das quedas que não se prevê
Mas continuando ao contrário num estranho querer.