NOS LENÇÓIS DA CAMA
NOS LENÇÓIS DA CAMA
Sem ti os ponteiros do relógio,
Até parece que pararam,
Os anjos emudeceram,
Perdi o meu refúgio.
Hoje a solidão é a minha única companheira,
Das longas noites frias sem lareira,
Do tique taque do relógio que não para,
Da triste vida que perdeu a graça.
Ainda sinto o teu cheiro nos lençóis da cama,
Que às vezes acendem em mim uma chama,
Que outrora queimava em meu peito,
Mas que agora só guarda respeito.
Saudade, eu não posso negar,
É tudo que no meu peito existe,
Pois sempre irei te amar,
Embora com o meu coração triste.
Sem ti eu não tenho paz,
Vivo na cama a rolar,
Não encontro um bom lugar,
À procura do que me satisfaz.