GRAVETOS DE SAUDADE

GRAVETOS DE SAUDADE

Jaz as horas no fim da tarde

Esgotadas pelas gotas geladas

Do sereno...

Jazem as palavras cansadas pela espera,

Suicidas pelas brasas da despedida...

Desfaz-se meu sonho de amor

Junto à neblina...

Um graveto de solidão

Finca no coração...

Foco a solidão,

No seio da escuridão...

Valsam as folhas do jardim

Embaladas pelas mãos da brisa

Enlouquecida pelas tulipas...

Embevecidas pelo canto doce

Da noite...

Meus olhos molhados pelo fogo

Gélido da dor...

Buscam os teus no infinito,

Viajam junto às folhas

Caídas entre sementes

Que o solo não vingou...

Jaz a paz,

Impera a inquietação...

Lateja minha sombra

Na alma da nostalgia...

A tua procura,

Sussurra teu nome...

Mas se intimida

Rasura uma rima,

Que no leito da saudade

Denuncia...

Outra noite em claro...

No colo da poesia.

Poesia Marisa Zenatte

* Direitos Reservados

Mrmaryllady
Enviado por Mrmaryllady em 16/02/2013
Código do texto: T4143928
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