Súplica à noite
Ó noite!
Tu que estás a reinar
Nesse horizonte vazio
Ó noite!
Que vem com pouca estrela
Sem lua,
Sem brilho,
Sem estranheza.
Ó noite!
Esse escuro,
Essa penumbra,
Faz de meu peito um breu
Faz o meu amor distante
Faz dessa saudade um rio
A jorrar águas sedentas
A jorrar pranto indeciso.
Peço-te, ó noite escura,
Que me tragas amor meu
Que me tragas felicidade
Que me tire essa saudade.