Dialogo de um dois

Ele

-Bem vinda patologia

Antecipa-me a incúria

Sucumbe, veta e expurga

o bocado que restava de escandisse.

Ela

-É de mim esta tua culpa

Não fale de si, me insulta

Tua forma de praga em desalento.

Por hoje não devo desculpas!

A verdade ? É assim que tenho feito.

Ele

-Bate na carne, alma esmurra,

a boca tremulado soluça

por minuto a minuto mais famulento

de ti,pois aqui mal me tenho.

Ela

-Possui a mim toda nua

Esta inocência não teve medo

Ele

-Reclamar pra ti não cura

só aumenta oque lhe devo

Ela

-Se renda a mim ternura

Com força, com fome e sem senso.

Ele

-De onde vem esta luva

que vem servindo de morte a esmo?

Ela

-É esta a pergunta! Uma resposta lhe devo:

Sou ubiquitária,navego entre os tempos.

Vizinha do amor, do desespero e da raiva.

Também uma amiga brava!

Em alguns morei por tempos.

Revelo-me ... sou Saudade Atada

E aviso! Aqui vou permanecer por mais tempo.

Ele

-Tua chaga imaginara

o tamanho que a tenho.

Em suma, ao menos divido esta harpa.

Sem Ré, sem Sol, sem Si sem La, sem Fá somente o Dó

Aqui toca um triste soneto

Que doa então...