VAZIO DO NADA

Não foi

Um desabrochar de flores

Quando partiste!

Houve melancolia,

Aperto no peito,

E um enorme gosto de dor.

O sol não voltou.

No dia,

Não houve manhã.

Tudo,

Extremamente só,

Amorfo,

Sem gosto,

Sem cor.

Não houve lágrimas,

Nem pranto.

Em cacos espalhados,

Estava o sentimento.

E a alma congelada,

Apenas sofria.

Tudo foi

Tão estranho!

Dois corações esfacelados

Condenados ao abandono.

Até hoje,

Me lembro do nosso jardim.

Nossas mãos entrelaçadas,

Tantas juras trocadas!

De tudo,

Uma saudade

E o vazio do nada.

Pena que tenha sido assim.

Genaura Tormin
Enviado por Genaura Tormin em 31/01/2013
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