Saudades
A saudade que me toma me vergasta a alma;
Entorpecido por lembranças, meu cérebro
Conturbado, vive a pensar errado.
Dói o peito, fico triste, parece que nada existe;
É uma saudade tão doida que nem o sol mais me irradia
As estrelas perdem o brilho e o sopro da noite agora é gélido.
Falta-me a brisa calma da tua presença suave, falta-me o aconchego de teus braços e o tocar suave de teus lábios nos meus.
Falta-me você, inteira, sem cortes, sem censuras, que acabam por prejudicar nosso filme, nossa história, nossa vida, nosso tudo, nós.
Por isso doida saudade, vai embora e traz meu bem, sai de mim, não me maltrates, não és amiga de ninguém.
Quero estar em companhia, do amor e da alegria, da suave fantasia e da eterna poesia.
Quero parar de procurar, pela terra e pelo mar, nos recantos infinitos de meu sofrido coração, quero sentir novamente os teus beijos, o teu cheiro, o teu gozo e teu tesão.
Sendo assim saudade, tua hora já chegou vai embora, sai de mim, pois de ti certamente saudades não sentirei.