Porcelana

Estas algemas me acorrentam

Mesmo invisiveis, ela me lembra

Que não posso fugir da sorte

Que não dá para esconder a morte

De um sentimento amado

Nascido no tempo errado

De dor e agonia sem fim

Me fazendo querer sumir de mim

Ele me ama, ele me odeia

Eu canto como quem anseia

Um gole d’água num deserto

A esperança no aperto

Que mora na escuridão

De quem ainda tem um coração

Escondido da verdade

Vivendo fora da realidade

Minha mente é uma criança

Perdida e encorajada pela matança

Dos sentimentos, da alegria

Causado por tudo que sentia

Mas então eu me disparo

Com um rosto tão claro

Quanto uma luz irritante

Ou um amor cegante

Eu perdi antes de ganhá-lo

Não percebi que estava a amá-lo

Meus pensamento se tornaram pó

Minha esperança agora anda só

Estou destinado a viver em dor

Meu coração já esqueceu o amor

E eu me perco na escuridão

Como uma boneca sem coração.

Diogo Loncellot
Enviado por Diogo Loncellot em 21/01/2013
Código do texto: T4097598
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