Porcelana
Estas algemas me acorrentam
Mesmo invisiveis, ela me lembra
Que não posso fugir da sorte
Que não dá para esconder a morte
De um sentimento amado
Nascido no tempo errado
De dor e agonia sem fim
Me fazendo querer sumir de mim
Ele me ama, ele me odeia
Eu canto como quem anseia
Um gole d’água num deserto
A esperança no aperto
Que mora na escuridão
De quem ainda tem um coração
Escondido da verdade
Vivendo fora da realidade
Minha mente é uma criança
Perdida e encorajada pela matança
Dos sentimentos, da alegria
Causado por tudo que sentia
Mas então eu me disparo
Com um rosto tão claro
Quanto uma luz irritante
Ou um amor cegante
Eu perdi antes de ganhá-lo
Não percebi que estava a amá-lo
Meus pensamento se tornaram pó
Minha esperança agora anda só
Estou destinado a viver em dor
Meu coração já esqueceu o amor
E eu me perco na escuridão
Como uma boneca sem coração.