A saudade morta

A saudade começou a apertar

Achei que era a mesma saudade de sempre

Aquela, que vinha de repente

Que era muito ausente

Aquela que sempre parecia incomodar

Apertar, me mastigar por dentro

Mas dessa vez foi diferente

Dessa vez, eu sabia que você estava lá

Que a saudade na verdade

Estava do meu lado, e eu nem percebia

Que ela estava ali, pronta para ser apagada

Pronta, para que dessa vez, seja ela a devorada

A saudade que eu tanto lutei contra

A saudade que eu sempre achei invencível

Sem poder ser restaurada

E mesmo que pudesse, eu não saberia como que poderia ser consertada

Estava ali do meu lado

Esperando para que a carência fosse apagada

Esperando para que um deixasse rolar os dados

A saudade que tanto me atormentou

Estava ali, esperando para que um pudesse transformá-la em amor

Esperando, para que um parasse de sentir dor

E enfim...

Pegar a saudade e matá-la fora de mim.

Ale Caldeira
Enviado por Ale Caldeira em 21/01/2013
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