Quando a saudade bate no peito
Um dia eu tive que optar
se uma vida melhor quisesse ter
teria que na cidade morar
para poder sobreviver.
Então o sertanejo que vivia entro de mim
não teve outro jeito tive que matar
e na cidade grande eu vim
a felicidade prometida tentar.
Em um baú a viola eu guardei
para poder melhor trabalhar
hoje nem cantar mais eu sei
nem tenho tempo de descansar.
Quando a saudade bate no peito
lembro da viola no baú e choro
a vida que não volta e não tem outro jeito
a Deus a morte as vezes eu imploro.
Mas logo eu me arrependo
por saber que estou errado
nem sei o que estou dizendo
pois podia lá no sertão ter ficado.
Agora que quero voltar
já não sei cantar mais
só me resta então chorar
as más escolhas que a gente faz.
E lá se vai a felicidade
de um sertanejo arrependido
por ter descoberto a verdade
depois de ter muito envelhecido.