ONDE ESTÁ VOCÊ?
Ainda me lembro de quando você decidiu me visitar,
Forjou-se em felicidade e foi em minha porta tocar.
Quando bateu, logo corri em desespero,
Louco por lhe atender,
Escorreguei, bati a cabeça e desacordado,
Pensava que fosse perecer,
Você ainda insistiu, voltou a bater,
Ainda uma vez mais e desistiu,
Desceu o único degrau e então partiu.
Um pouco mais tarde eu despertei,
E para a minha surpresa,
Ouvi de novo as batidas e logo atendi,
Pensando que fosse você,
A porta de minha casa eu abri.
Era apenas a sua irmã e impiedosa inimiga,
Entrou sem mais delongas e se instalou em minha vida,
Ela é a saudade, que me enche de dor,
Ocupando o seu lugar e jamais permitindo eu encontra o meu amor.
E você, por onde andas?
Por que nunca mais voltou?
Permitindo que sua irmã se instalasse,
Sem sequer indagar;
E de você, o que restou?