À margem
Não era um rio
Era um córrego
Meu mar
Onde pululavam anfíbios e piabas
Monstros e sereias
Que pulavam em minha peneira
Trans(bordada) de sonhos.
Comandante de barcos de papel
Corria à margem do mundo
Manobrando lemes invisíveis
Dos inevitáveis náufragos da correnteza...
O córrego virou esgoto
E para não ficar a céu aberto
Foi coberto com concreto
Enterrando meus seres abstratos
Encanando meu ser
Em meu se.
Ah, se
Eu...