À margem


Não era um rio

Era um córrego

Meu mar

Onde pululavam anfíbios e piabas

Monstros e sereias

Que pulavam em minha peneira

Trans(bordada) de sonhos.

 

Comandante de barcos de papel

Corria à margem do mundo

Manobrando lemes invisíveis

Dos inevitáveis náufragos da correnteza...

 

O córrego virou esgoto

E para não ficar a céu aberto

Foi coberto com concreto

Enterrando meus seres abstratos

Encanando meu ser

Em meu se.

Ah, se

Eu...

Well Coelho
Enviado por Well Coelho em 04/01/2013
Reeditado em 10/01/2013
Código do texto: T4067581
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