Memórias

Memórias, minhas memórias

Me seguem desde o começo

Da criação a morte;

Do pó ao recomeço.

Não vivo sem elas,

Sempre foi assim.

Por meio destes pensamentos

São atreladas a mim.

Não é novidade

Me queimarem por dentro!

Lembram-me de cada momento

Que não voltará mais.

Choro de arrependimento,

Me dói o coração de saudades,

Meus pulmões se enchem de águas,

As mesmas que jorram de meu olhar.

Quem sabe por mais um dia

Eu pudesse lhe ter, minha querida.

Consertar os problemas que causei

E tirar a dor que lhe plantei.

Consegue me ver chegando,

Nos nossos antigos sonhos?

Ouro e prata adornam

Os pensamentos que vão e voltam até você.

Seus olhos já não são verdes como antigamente,

Agora são brancos como as páginas de um livro novo.

Os cabelos longos e morenos são curtos e grisalhos,

E mal vejo sua pele debaixo de tantas flores e galhos.

Você agora dorme eternamente, em seu quarto solitário,

Fechada para o mundo; para o último retardatário,

Que se perdeu no caminho do mundo e da vida,

Que achou que curaria todas as feridas,

Se divertindo com mulheres e bebidas.

Você sempre soube que eu voltaria,

Mas não sabia quando e nem por qual motivo,

Você esperou todas as noites e dias,

Pelo que seria seu futuro marido.

Uma pena que para ti ele nunca chegou

E bem sabes tu, que lhe esperou.

Hoje em dia, é ele quem chora por ti

Rezando que por apenas mais alguns minutos

Você ainda estivesse aqui.

João G F Cirilo
Enviado por João G F Cirilo em 03/01/2013
Código do texto: T4065017
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2013. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.