O SUMIÇO DE JOÃO

Era tarde de verão

E lá se encontrava João

Sorridente como sempre

De tanto, até parecia demente.

Homem trabalhador

De inestimável valor

Ficava por hora a labutar

E muitas das vezes sem almoçar.

Às vezes ouvia dos amigos

Largue de mesquinhez e mimos

Vá descansar um pouco

Senão vai ficar louco!

A hora passa ligeira.

Ligar não consegue passageira

Tão pouco a amada

João pode beija-la.

Por mais que ele tente

Tudo aparece subitamente

Ficando o mesmo encabulado

Por tudo isso fica enjaulado.

João fica na saudade

De ver a bela potestade

Que lhe desfere beijo

Abraços forte, e rijo.

O telefone toca e vibra

Olha para um lado sem fibra

Com vontade de chutar o balde

Mas fica no sumiço... a beldade.

Heronildo Vicente
Enviado por Heronildo Vicente em 20/12/2012
Código do texto: T4046099
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