O SUMIÇO DE JOÃO
Era tarde de verão
E lá se encontrava João
Sorridente como sempre
De tanto, até parecia demente.
Homem trabalhador
De inestimável valor
Ficava por hora a labutar
E muitas das vezes sem almoçar.
Às vezes ouvia dos amigos
Largue de mesquinhez e mimos
Vá descansar um pouco
Senão vai ficar louco!
A hora passa ligeira.
Ligar não consegue passageira
Tão pouco a amada
João pode beija-la.
Por mais que ele tente
Tudo aparece subitamente
Ficando o mesmo encabulado
Por tudo isso fica enjaulado.
João fica na saudade
De ver a bela potestade
Que lhe desfere beijo
Abraços forte, e rijo.
O telefone toca e vibra
Olha para um lado sem fibra
Com vontade de chutar o balde
Mas fica no sumiço... a beldade.