Sem título, mas acho que deve ser; saudade.

Lendo a poesia: Saudades de Casimiro de Abreu

Bateu-me uma saudade

De uns tempos meus

De uns tempos tão meus

Tempos em que minha inspiração

Era contínua e misteriosa

Mas não sei o que me aconteceu na memória

Que me deixa tão longe do que fui

Eu gosto de escrever!

Como Clarice: ‘a palavra também é meu domínio sobre o mundo’

Mas me esqueci

Ou fui vencido pela preguiça

Não sou um escritor

Sinto-me apenas um amador

Um artigo indefinido

Incompleto e sensitivo

Então – proscrito e sozinho

Me solto aos ais de hoje

Estou assim, sedento de escrever.

Mas como não posso me mandar

O que se torna viável fazer é esperar

Arthur Silva 12.12.12

Arthur Montenegro
Enviado por Arthur Montenegro em 18/12/2012
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