Navegando em águas estranhas

Quando comecei a navegar

Minha tripulação era grande,

As festas no navio eram constantes.

No convés todos riam a noite toda.

Navegava sem esperar parar em portos,

Os suprimentos suportavam anos a fio,

Mar revolto não era preocupação

Pra’quela brava tripulação.

Aos poucos o casco ruiu,

As velas rasgaram,

E os marinheiros desembarcaram,

Deixando para trás o convés vazio...

Descobri que todos tem um porto em si

Onde chegadas e partidas são constantes

E a água salgada corrói

Toda a estrutura...

E os marinheiros desembarcaram

Deixando para trás o convés vazio...