Eu só queria ouvir o seu choro
rasgando a madrugada.
Queria ser importunado pelo fantasma
das suas dores misteriosas.
Eu queria que os seus pesadelos viessem
acordar o meu sono mais profundo.
Queria oferecer um colo quente
pra você dormir em paz.
Eu queria ser contagiado
pela alegria infantil da sua risada.
Queria que a sua infância sem jeito
fizesse o barulho de enfeites quebrados.
Eu queria tudo bagunçado
por causa dos seus brinquedos espalhados.
Eu queria você na pracinha, toda suja de terra e sorvete.
Queria sua risada vazia, lambuzada de manga e papinha.
Não queria que o futuro do pretérito
fosse o advérbio temporal desses versos.
Eu não queria que manga e papinha, terra e sorvete,
fossem apenas personagens de um sonho bom.
Eu não queria que os sons dessa madrugada
fossem do seu quarto o silêncio e do meu pranto o soluço.
Eu não queria olhar o céu entre lágrimas
e saber que das estrelas que brilham, a mais linda é você.
rasgando a madrugada.
Queria ser importunado pelo fantasma
das suas dores misteriosas.
Eu queria que os seus pesadelos viessem
acordar o meu sono mais profundo.
Queria oferecer um colo quente
pra você dormir em paz.
Eu queria ser contagiado
pela alegria infantil da sua risada.
Queria que a sua infância sem jeito
fizesse o barulho de enfeites quebrados.
Eu queria tudo bagunçado
por causa dos seus brinquedos espalhados.
Eu queria você na pracinha, toda suja de terra e sorvete.
Queria sua risada vazia, lambuzada de manga e papinha.
Não queria que o futuro do pretérito
fosse o advérbio temporal desses versos.
Eu não queria que manga e papinha, terra e sorvete,
fossem apenas personagens de um sonho bom.
Eu não queria que os sons dessa madrugada
fossem do seu quarto o silêncio e do meu pranto o soluço.
Eu não queria olhar o céu entre lágrimas
e saber que das estrelas que brilham, a mais linda é você.