VELHO DIÁRIO
Folheio as folhas de pecados...
As páginas sorriem desavergonhadas, em confissões
rabiscadas, jogando-me em rosto mil beijos escondidos sob árvores.
Adentro a noite, entre as linhas que me mostram
as cinderelas retornando dos encantos e magias,
enquanto fujo descalça, de camisola assanhada,
escondida dos guardiões de meninas
puras em suas inocentes canduras...
O espreitar da lua entre as folhagens
desenha silhuetas na noite.
Nesgas cintilantes calam,
alcovitando profanos momentos furtivos.
E (eu) cega aos perigos...
Não queria pureza, não queria laços
e fitas de donzelas...
Soltava as presilhas dos cabelos,
Deixando-os ao vento.
Rumava cega em direção ao desejo...
As páginas mostram um corpo moreno,
braços fortes, lábios sorridentes.
E a valsa em ponta de pés,
flutuava a liberdade, dançando
pro pecado...
Era pecado? – As páginas tremem sob a brisa
e me perguntam agora.
No despontar da aurora
o retorno sorrateiro
aos lençóis...
O abraço ao travesseiro
tinha o calor de outrora
e esquecia o sono, alerta
em fazer tudo de novo,
ansiando o escurecer das horas
O costume educado
cobrava um pedido de proteção,
mas a prece era para que
não fossem descobertas
as travessuras (pedia)...
Agora,
fecho o livro para o escrito
de folhas amareladas
rabiscadas, jogando-me em rosto mil beijos escondidos sob árvores.
Adentro a noite, entre as linhas que me mostram
as cinderelas retornando dos encantos e magias,
enquanto fujo descalça, de camisola assanhada,
escondida dos guardiões de meninas
puras em suas inocentes canduras...
O espreitar da lua entre as folhagens
desenha silhuetas na noite.
Nesgas cintilantes calam,
alcovitando profanos momentos furtivos.
E (eu) cega aos perigos...
Não queria pureza, não queria laços
e fitas de donzelas...
Soltava as presilhas dos cabelos,
Deixando-os ao vento.
Rumava cega em direção ao desejo...
As páginas mostram um corpo moreno,
braços fortes, lábios sorridentes.
E a valsa em ponta de pés,
flutuava a liberdade, dançando
pro pecado...
Era pecado? – As páginas tremem sob a brisa
e me perguntam agora.
No despontar da aurora
o retorno sorrateiro
aos lençóis...
O abraço ao travesseiro
tinha o calor de outrora
e esquecia o sono, alerta
em fazer tudo de novo,
ansiando o escurecer das horas
O costume educado
cobrava um pedido de proteção,
mas a prece era para que
não fossem descobertas
as travessuras (pedia)...
Agora,
fecho o livro para o escrito
de folhas amareladas
e insubordinadas.
A contrição vem tardia...
Mas, se o sabor não era amargo,
e continha o doce néctar da flor,
como pedir perdão
se os pecados praticados
foram atos de amor?
A contrição vem tardia...
Mas, se o sabor não era amargo,
e continha o doce néctar da flor,
como pedir perdão
se os pecados praticados
foram atos de amor?