Saudade.

De uns tempos para cá minha alma tem sentido saudades...muitas saudades....de tempos que já se vão longe, de pessoas que se foram, dos sorrisos, das gargalhadas alegres e estrondosos nas tardes em que nada a se fazer era muito e que o tempo, as horas, tinham muito mais de 24 horas.

Essa saudade, por vezes gostosa, por vezes doida, me visita a cada dia e me faz tomar um foguete rumo ao passado, onde por vezes incontáveis, me pego sorrindo, dentro dos ônibus ou caminhando pelas ruas, as pessoas me olham e pensam que estou louco, sem saberem na verdade que só meu corpo esta ali e que minha alma esta tão distante, visitando pessoas e lugares muito amados e divertidos ou como disse antes doidos, mas não importa o pensar alheio, pois naquele instante, nem os percebo, por estar tão absorvido nessa viagem proporcionada pela saudade.

Quando retorno, por incontáveis vezes, tenho sentido o rosto molhado por lagrimas que lavam meus pensamentos, que me renovam, que me fazem perceber, que apesar do passado estar distante, apesar de não ter os mesmos companheiros de jornada, apesar de a vida parecer outra e eu um estranho desambientado, em um mundo que não é o meu, essas mesmas lagrimas, me convidam a continuar vivendo, a continuar amando e que o tempo e a vida, são renovação constante e que todo esse amor que tenho guardado em mim, precisa ser espalhado, para não ficar preso no passado, como sementes envelhecidas que deixaram de frutificar.

Por isso saudade, não posso negar que te gosto, que teus momentos me enternecem, mas te peço, não visites mais, pois minha alma precisa seguir em frente e no momento de um possível reencontro, eu poderei matar-te por inteira.

Tony Monteiro
Enviado por Tony Monteiro em 04/12/2012
Código do texto: T4018966
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