"Sardade d'Ocê"
Por Heronildo Vicente
Entre tantos desarranjos
Não queira se assustar
No dia em que a brisa entrar
Passar ligeira sem pensar
E desferir em teu rosto um beijo
Lembre se neste momento
Que foi o meu desejo
Pois faz tempo que não te vejo
Ai que sardade d’ocê.
Cá deitado, olhando para o mar
Esta rede balança no alpendre
De um lado para outro
E é cabível dizer, se você lembrar
Escreva uma carta, uma dedicatória
Envie via e-mail, ou pombo correio
Pois faz tanto tempo que não te vejo
Que a saudade é presente no peito
E quero matar meu desejo com seu beijo.
Os pensamentos me retêm, és afável
São coisas que acontecem
E nosso amor jamais padece
Pois você tem o dom de mudar o meu destino
Sou menino, sou homem maduro
Mas em sua frente, sou menino
Então não se admire se um dia
Um beija flor invadir a porta de sua sala
Serei eu, levando a flor, a poesia e todo amor meu!