Não é carta, mas é de amor.

Ah se eu tivesse um carimbo

Que dissesse o que eu sinto

Eu te ligava amanhã,

Lembraríamos das historias,

Riríamos, e se não faltasse a memória

Recordaria da sua vitória,

Do livro, do filme, da maçã,

Da torta, do meu azar e até do Júlio Cortázar.

Esses dias me bateu até uma saudade

Do mate no final de tarde,

Do macarrão feito com o “que sobrou”

Outra vez lembrei com carinho

Do dia que me arrumei todinho

E você marcou mas não se apresentou

Mas seu sorriso noutro dia à tarde

Acendeu a chama que até hoje arde

Mesmo em um coração que parte

E que o destino separou

Mas ai que saudade d’ocê

Do jeito que tu fala CHE

Dale e vamos

que me enamorou.

O que era fácil, difícil se tornou

Porque lhe prometi uma carta de amor.

Todas as palavras fugiam da minha cabeça

Te quero, te admiro, te aprecio.

Espero ter sorte na vida

E companheirismo do destino

Para que outra vez eu lhe veja

E mais uma vez cruze seu caminho.