Saudades

Saudade de estar no mato...

De contar com o contato natural.

Do céu estrelado sem igual,

Da lua crescente, minguante

Da noite, escuridão penetrante.

Saudade do mato...

Do som silencioso de lá.

Contraste intenso com o barulho perturbador, daqui.

Da calmaria e do ar fresco de lá.

Contraste com a correria, com o clima tenso daqui.

Saudades de estar no mato.

Das pessoas do mato.

Das companhias diurnas do mato,

das companhias noturnas...

Das conversas agradáveis embaixo da luz da lua,

do encontro de duas mentes, complementando, eram uma.

Boa era a fogueira que esquentava

o vento frio que nos tocava,

e as longas conversas dentro da madrugada.

Bom era o tempo que nunca passava,

boa era a paz, que nos alcançava...

Saudades principalmente dessa paz,

dessa plenitude, que em mim sempre estava.