SIMPLESMENTE CARENTE
por Regilene Rodrigues Neves
Por vezes me deleito em sonhos
Neles provo lembranças
E a saudade me acaricia
Num olhar da alma
Procurando dentro dela
Quem deixou marcada sua presença...
O amor me toca
Em lugares ocultos de carinho
Que jazem adormecidos
Entre o ontem e o hoje
Querendo um colo
E nele adormecer
Sentindo o desalinhar dos cabelos
No calor de um afago
Há tempos não sentido...
Somente o cansaço das lutas
Pesam e o meu corpo cansado
Sente a carência de toda uma vida...
Sinto falta daquele amor
Feito de loucuras,
Para simplesmente
Viver o momento
Deixando simplesmente saudade...
De um olhar cúmplice,
Do frio na espinha, do beijo,
Do prazer e do desejo...
Simplesmente carinho
No corpo e na alma
Ouvindo o som do coração
Acelerado de emoção...
Deixar lá fora todas as infelicidades
E sentir um abraço demorado de felicidade
Nos braços de um amor!
Sem que seja sempre um sonho
Ou nas lembranças de um amor efêmero...
Sem querer cobrar ou querer mais,
Simplesmente merecer
Que o amor me abrace
Um pouco mais
Antes que meu corpo se entregue
A desilusão e somente a solidão me afague...
Despedir-me de todas as carências
Com um pouco mais de amor
Para que tenha valido a pena...
Enfim: simplesmente hoje acordei assim carente!
Em 19 de novembro de 2012