UM REGATO, UMA SAUDADE


Meu pequeno regato, para onde fores,
bem sei,que vai banhar outras flores,
muito longe,bem distante desse lugar...
Quero que leve, daqui nosso perfume.
para amenizar essa dor,esse ciúme,
por que aqui, não posso te parar...

Nessa sua eterna viagem, e andança,
leve embora , a minha esperança,
e deposite, quando no fim chegar...
Desde seu início, uma eterna  correria,
não deixe na margem, minha poesia,
que em seu leito,agora vou jogar...

Bem sei, que a caminhada e sem fim,
espero que não se esqueça de mim,
quando chegar na praia, na areia...
Quero que se lembre,dessa despedida,
e tambem, de uma canção dolorida,
que estou enviando, para uma sereia...

Regato, de águas puras, tão cristalinas,
lá, tão distante, e longe de suas minas,
onde não vive o benteví e nem o sabiá...
È certo que seja agora, um rio poluído,
mas aqui, nesse mundo deserto e perdido,
esse ermitão, te admirando está...





GIL DE OLIVE
Enviado por GIL DE OLIVE em 16/11/2012
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