Saudades de minha terra
Eita saudade
Quando eu fecho os meu “zói”,
me lembro da minha terrinha,
de uma cachaça marvada,
de um toicim cum farinha,
lembro minha mãe chamando
e meu pai abençoando
pra mode a gente almoçá,
na mesa feijão cum arroiz
e o que ficava depois
era um pedacim de jabá.
E o que não podia faltá
era uma rapadurinha,
quando painha raspava
e misturava na farinha.
Eita, era uma coisa boa
e hoje a saudade magoa,
mas o tempo não volta não,
às vezes fico tristinho
e digo comigo baixinho:
Oh, saudade do sertão!
Lembro o poeta Cancão
na tardizinha do sábado,
cantando a sua poesia
nas fileiras do mercado.
Lembro Fátima Macarrão
descendo o seu sermão
pra quem lhe chamá “sibito”
e isso tudo é pra se ver
o que se tem pra conhecer
em São José do Egito.