Enquanto Espero

Na espera, tão longa, do amor não errante,

do momento contente e seu pensamento era um canto,

da paixão avassaladora, o carinho da amante.

Tão sedutora, tua pele é um encanto.

Na memória, tão reluzente é teu rosto,

teu sorriso, de ternura composto,

nos olhos era amor, e paixão sobreposto.

Mas hoje, por que só vejo desgosto?

No meu peito, no meu ser, sou dor:

do amargo abandono, a culpa do ofensor

da ausência do seu calor, sua apatia ao meu louvor.

Como? Se meu corpo ainda guarda seu odor?

Reconsidero, regenero-me, não me desespero,

retempero e apenas coopero, ainda te venero.

Fico em paz enquanto espero.

Kento
Enviado por Kento em 15/11/2012
Reeditado em 17/11/2012
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